Pesquisas de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro em parceria com o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós- graduação revelaram a combinação dos resíduos cerâmicos, das cinzas da casca de arroz e do bagaço da cana na fabricação do concreto "sustentável", que mesmo assim apresentou menor concentração de cimento.
As cinzas do bagaço e da casca de arroz são ricas em sílica amorfa e por isso podem reagir em temperatura ambiente com o hidróxido de cálcio ou cal hidratada para serem usada de forma benéfica no concreto. O resultado apresentado designou o termo concreto de baixo impacto ecológico já que as expectativas realmente foram correspondidas.
É um marco para o meio ambiente e o ramo da construção que poderá diminuir a emissão de dióxido de carbono na atmosfera além da preocupação com a natureza já que o uso do concreto é o material de construção mais utilizado universalmente. A indústria do cimento contribue com a porcentagem de 5 a 7% das emissões de carbono no mundo devido a reação química da calcinação da calcita em óxido de cálcio (CaCO3 -> CaO + CO2).
Segundo o professor da Coppe, Romildo Toledo, existem diversas alternativas para a redução dos impactos como a cinza volante, a escória de alto forno, a sílica ativa e as argilas calcinadas que por serem abundantes e de fácil obtenção possuem também considerável potencial de utilização.
Fonte:http//www.redeglobo.globo.com/globouniversidade |
No Brasil, em 2010, foram produzidos cerca de 55 milhões de toneladas de cimento que resultaram em 38,5 milhões de toneladas de CO2. Reinventar é preciso.